Nossa história

Os tubarões sempre foram uma parte importante dos ecossistemas costeiros e marinhos do Brasil, sendo historicamente parte importante das capturas de subsistência na pesca artesanal. Entretanto, com a abertura em décadas recentes de mais áreas do litoral, antes isoladas, ao acesso de um grande número de pessoas e à ampliação dos mercados para o comércio de pescado, a pressão sobre a biodiversidade marinha – o conjunto de seres vivos que compõem os ambientes marinhos - vêm aumentando de maneira muitas vezes insustentável.
No caso dos tubarões, que por suas características biológicas não suportam uma grande pressão de pesca, as populações das espécies que ocorrem na costa brasileira sofreram um grande declínio em praticamente todas as espécies para as quais existem dados confiáveis.
Há muitos anos a campanha internacional Divers for Sharks – Mergulhadores em Defesa dos Tubarões, sediada no Rio de Janeiro, vinha acumulando informações fornecidas por pescadores sobre a presença de tubarões na Baía da Ilha Grande, incluindo registros de pesca da mangona (Carcharias taurus), criticamente ameaçada de extinção, e concentrações de outra espécie não determinada.

Em 2023, o Instituto Brasileiro de Conservação da Natureza, parceiro da Divers for Sharks, recebeu do Shark Conservation Fund um recurso inicial para tentar conhecer melhor a situação dos tubarões na região através de saídas regulares de pesquisa. Nascia assim o Projeto Tubarões da Baía da Ilha Grande, realizado inicialmente em parceria com a Universidade Federalk Rural do Rio de Janeiro e com apoio da Estação Ecológica de Tamoios/ICMBio e do Instituto Mar Urbano. Numa das primeiras saídas de campo, em maio daquele ano, o Projeto conseguiu documentar a maior concentração conhecida de tubarões da costa brasilira, da espécie galha-preta (Carcharinus limbatus), que vem sendo desde então monitorada regularmente pela equipe do Projeto.
Em 2024 o Projeto #TubarõesdaBIG é aprovado em seleção pública do Programa Petrobras Socioambiental, o que permitiu ampliar as ações de pesquisa, educação e conscientização, bem como o diálogo com as comunidades tradicionais da região, garantindo a continuidade das ações até pelo menos 2028!
